Se eu tivesse o dom da profecia, se conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, se tivesse toda a fé, a ponto de remover montanhas, mas não tivesse amor, eu nada seria. ( I Coríntios 13.2 )

sábado, 7 de janeiro de 2012

A Aliança entre Deus e o Povo de Israel - Conhecendo melhor Bíblia - Exegese!!!


“Faremos tudo quanto o Senhor tem dito”.

Segundo a tradição, a história da Bíblia começa com Moisés que, segundo a crença geral, é o autor dos livros da Lei – o Torah – o Pentateuco.

Os exegetas modernos têm mostrado que estes livros atualmente contêm algumas coleções de antigas leis e antigas tradições, compiladas e editadas alguns séculos depois de Moisés.

Todavia Moisés permanece como o que primeiro pôs por escrito as Escrituras.

Indubitavelmente, Moisés deixou ao seu povo as primeiras leis escritas, selando os termos da Aliança com Deus.

E os hebreus acreditaram que as leis e as tradições escritas por Moisés verdadeiramente contêm as “palavras e as prescrições da Lei”:

- “Moisés transmitiu ao povo todas as palavras do Senhor e todas as Suas determinações, e o povo inteiro respondeu em uníssono” “Faremos tudo quanto o Senhor tem dito”. (Êx. 24,3).

O livro do Êxodo descreve o povo a responder à primeira palavra verdadeiramente escrita da Lei com um grito:

- “Faremos tudo quanto o Senhor tem dito e seremos obedientes”. (Êx. 24,7).

Desde o princípio sempre o Povo de Deus ficou convencido que as palavras escritas por um autor humano podem representar verdadeiramente a Palavra de Deus.

E estas palavras escritas são uma parte essencial da Aliança de Deus com o Seu Povo – uma Aliança selada com o sangue do sacrifício:

- “Mandou que alguns jovens israelitas oferecessem ao Senhor holocaustos e imolassem touros em  sacrifícios pacíficos...Moisés tomou o sangue e aspergiu com ele o povo, dizendo : “Este é o sangue da Aliança que o Senhor concluiu convosco mediante todas estas palavras”.(Êx,24,5-8).

Mais de 3.000 anos depois do tempo de Moisés, estas realidades permanecem.

Em cada Eucaristia, nós celebramos a nossa própria Aliança com Deus simultaneamente através da Liturgia da Palavra e da participação sacramental no “Sangue da Aliança”.

- “Isto é o Meu sangue, sangue da aliança, que vai ser derramado por muitos”. (Mc. 14,24).

Quando nós proclamamos as leituras da Palavra do Senhor, na Missa, estamos a fazer eco do compromisso da Aliança que fizeram os Hebreus no Sinai há já longos anos.

Perante esta realidade que vai ecoando através dos séculos, não podemos ficar indiferentes para com a mensagem da Bíblia e devemos sentir-nos na obrigação de ler e responder às Palavras escritas como uma Aliança de Deus para cada um de nós.

E ao mesmo tempo devemos sentir-nos gratos pelo dom da palavra escrita, que é a Palavra de Deus que, através da Bíblia, chegou até nós.
Exsurge domini!!!

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